PREFEITOS DO OESTE DO PARÁ ASSINAM TAC EM
DEFESA DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
O
presidente da Associação dos Municípios da
Transamazônica (AMUT) e prefeito de Uruará, Everton Banha, avaliou que a
assinatura do termo representa um resgate social para milhares de famílias que
foram estimuladas a ocupar as terras na Região Amazônia e não tiveram um
respaldo permanente e justo. “O resgate social começa com a regularização do
lote, da moradia e a titulação. Isso garantirá a segurança jurídica e permitirá
o acesso a crédito para promover melhorias em suas casas”, analisa.
A partir da segunda quinzena de outubro, a
Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Comissão de Regularização
Fundiária, continua o processo de coleta dos documentos que sinalizam o
quantitativo populacional, de lotes e o número de hectares de terras que foram
transferidos pelo Programa Terra Legal, por meio do Ministério das Cidades,
para os municípios de Uruará, Trairão, Mojuí dos Campos, Aveiro, Placas,
Rurópolis e Novo Progresso, com base na Lei
Federal nº 11.952, de 2009, que dispõe sobre a regularização fundiária urbana
na Amazônia Legal.
A decisão foi tomada durante a assinatura
do termo de aceite de concordância entre
a universidade e os sete prefeitos municipais, ocorrida no último dia 9 de
outubro, no Hotel Presidente Médici, em Rurópolis. O levantamento
permitirá a consolidação de um plano de trabalho para regularizar as moradias,
centros comunitários e pequenos comércios nestes municípios, pelo Projeto Moradia
Cidadã-Polo Oeste do Pará.
Myrian Cardoso,
coordenadora
Técnica Operacional da Comissão de Regularização
Fundiária da UFPA, informa que dados coletados até a assinatura do termo
revelam que as sedes das prefeituras de Novo Progresso, Placas, Trairão e
Uruará já registraram em cartório os títulos com o número de hectares, lotes e
a população residente nessas cidades. Os dados são de 2007 e foram trabalhados
pelo do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e pelo Programa
Terra Legal.
DESAFIOS - Falta consolidar os
números em algumas áreas que ainda estão em processo de doação nos demais
municípios. “São desafios naturais para se formatar o plano de trabalho de
regularização fundiária. Além disso, os dados ajudarão no levantamento sobre a
realidade socioeconômica e permitirão verificar
a acessibilidade e a infraestrutura operacional para o deslocamento das equipes
entre as cidades. Podemos avançar ainda com o acesso aos dados sistematizados
pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que realizam um ciclo de cinco
visitas/ano às residências das cidades ou com o acesso às informações das
plantas das quadras que ficam em poder do setor de tributos de cada município”,
sinaliza Myrian.
Durante a assinatura do
termo, os sete prefeitos municipais, ligados à Associação dos Municípios da
Transamazônica e Santarém-Cuiabá e Região Oeste do Pará (AMUT), assumiram o
compromisso de instalar
um escritório local com sala, equipamentos e internet, designar dois técnicos
municipais das áreas social e territorial de cada prefeitura para dar suporte
ao processo de mobilização comunitária e com a realização de audiências
públicas. Garantirão, ainda, o apoio logístico para a realização da topografia
e respaldarão os trâmites jurídicos e administrativos para emissão, assinatura
e publicação dos títulos, entre outros compromissos.
C0NHECIMENTO - Outro ponto importante foi o
início da parceria da UFPA com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa),
por meio do Instituto de Biodiversidade e Floresta, no qual os engenheiros
florestais Everton Almeida e Breno Rayol aceitaram participar da coordenação
regional da regularização no Polo Oeste do Pará. “Compartilhar o conhecimento e
descentralizar a responsabilidade com a universidade significa multiplicar a
capacitação de outros agentes públicos e fortalecer o processo de regularização
fundiária no Pará”, destaca Myrian.
RESGATE SOCIAL – O presidente da Associação dos Municípios da Transamazônica (AMUT) e
prefeito de Uruará, Everton Banha, avaliou que a assinatura do termo representa
um resgate social para milhares de famílias que foram estimuladas a ocupar as
terras na Região Amazônia e não tiveram um respaldo permanente e justo. “O
resgate social começa com a regularização do lote, da moradia e a titulação.
Isso garantirá a segurança jurídica e permitirá o acesso a crédito para
promover melhorias em suas casas”, analisa.
Para ele, a
parceria com as universidades será fundamental para consolidar este resgate
social e somará significativamente com as melhorias do asfaltamento das
rodovias Transamazônica, Santarém-Cuiabá e a construção da Usina de Belo Monte,
entre outros investimentos regionais. “Estamos resgatando um sonho de 40 anos
de milhares de famílias e alavancando o desenvolvimento da região com a
regularização fundiária, a partir da formulação de um crescimento planejado de
cada cidade e com a participação da comunidade”, assinala.
O vice-prefeito de Rurópolis, Anésio
Coelho, afirma que a parceria entre a UFPA, a Ufopa e as prefeituras resultará
em uma ampla integração do poder público com a sociedade. “Haverá o intercâmbio
de conhecimento para o fortalecimento das prefeituras municipais por meio de
assistência técnica e a execução de estudos especializados, além de elas darem
suporte para implementar o desenvolvimento de cada município com os benefícios
da regularização para o Oeste do Pará”, finaliza.
Ascom CRF-UFPA
Kid dos Reis
Fotos - Messias Júnior/Rádio Transamazônica
FM
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